Eles incorporam empresas brasileiras na investigação de supostos subornos no Peru

Um tribunal peruano declarou hoje o pedido de incorporação, como "terceiro responsável", as empresas brasileiras Camargo Correa, Andrade Gutiérrez e Queiroz Galvao na investigação que se segue à presumível concessão ilícita da seção 4 da Rodovia Interoceanica do Sul.

Lima, 20 de novembro (EFE). - Um tribunal peruano declarou hoje o pedido de incorporação, como "terceiro responsável", das empresas brasileiras Camargo Correa, Andrade Gutiérrez e Queiroz. Galvão na investigação que segue a presunção de concessão ilícita da seção 4 da Rodovia Interoceanica do Sul.

A decisão foi tomada pelo Juiz Richard Concepción, da Primeiro Tribunal Nacional de Investigação Preparatória, depois de avaliar em audiência pública o pedido do Ministério Público da Odebrecht e o cargo de defesa legal da empresas, o Judiciário informou em um comunicado de imprensa.

A Procuradoria Geral da República indicou que as empresas se uniram para formar a Intersur Concesiones e, através de subornos consensuais entre eles executivos, obter o concurso para a seção 4 da Rodovia Interoceanica do Sul durante o governo de Alejandro Toledo (2001-2006).

O Procurador-Geral considerou elementos de convicção para a existência de e-mails confiscados do diretor da Intersur, Marcos de Moura Wanderley, que supostamente se refere a subornos.

Além disso, ele mencionou a existência de depósitos em contas de Josef Maiman, um homem de negócios peruano-israelense que é considerado um figura presunçosa de Toledo, de uma empresa ligada a empresas Brasileiro.

A defesa das empresas considerou que o Procurador Geral não tinha legitimidade para enviar seu pedido e negou a existência dos correios com base em um suposto perícia solicitada pelo investigado, mas seus argumentos foram demitidos pelo juiz Concepción.

No Peru, o caso Odebrecht se concentra em traçar a trilha dos 29 milhões dólares que a empresa brasileira admitiu no Tribunal de Justiça dos EUA ter pago em subornos aos funcionários em troca da concessão de obras milionárias entre 2005 e 2014.

Esse período Abrange os termos presidenciais de Alejandro Toledo (2001-2006), que tem um mandado de prisão por ter recebido um suborno presumivel de 20 milhões de dólares; incluído nas investigações de presentes para o Metro de Lima e Ollanta Humala (2011-2016), preso pelo alegado financiamento irregular do seu partido.