O medo enfrenta uma difícil reforma de seu gabinete em um ambiente pré-eleitoral

A renúncia do ministro das Cidades deixou o presidente brasileiro, Michel Temer, diante de uma reforma do gabinete que enfrentará quase as portas do incerto processo eleitoral de 2018, Isso pode deixá-lo sozinho no poder.

Brasília, 14 de novembro (EFE) .- A demissão do Ministro das Cidades deixou o presidente brasileiro, Michel Temer, diante de uma reforma de seu gabinete que enfrentará quase as portas do incerto processo eleitoral de 2018, que pode deixá-lo sozinho no poder.

Bruno Araújo, do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), deixou seu cargo no Ministério das Cidades na segunda-feira e seu A partida coincidiu com um intenso debate interno nessa formação, que pretende se distanciar de Temer para uma eleição presidencial na qual ele aspira a ter seu próprio candidato.

que o PSDB apoiou as reformas impopulares promovidas por Temer e que ainda tem três ministros no governo, fortaleceu a tese de que o processo eleitoral no próximo ano impõe distância de um presidente que, de acordo com todas as pesquisas, tem apenas 3% de aprovação.

Em uma nota em que aceitou a renúncia de Araújo, o Governo anunciou que "agora O presidente Temer iniciará uma reforma ministerial que será concluída em meados de dezembro. "

Fontes oficiais disseram hoje à Efe que, para essa reforma, a Temer não tomará em consideração para os políticos que aspiram a um cargo público em 2018, quando, além de um novo presidente, os 27 governadores serão eleitos e as câmaras legislativas serão renovadas.

A razão é que as normas eleitorais forçam os candidatos a qualquer cargo a deixar seus cargos na administração pública pelo menos seis meses antes das eleições que serão realizadas em outubro, o que ele coloca o limite legal para a demissão em abril próximo.

Além do PSDB, os influentes partidos socialistas brasileiros também estão considerando deixar o governo nos próximos meses (PSB) e Democrata (DEM), bem como outras formações menores que expressaram publicamente sua preocupação com a alta impopularidade de Temer.

Se as normas eleitorais e a rejeição de a sociedade ao governo limita por si só a busca por ministros potenciais, aos quais se somam os sérios escândalos de corrupção que abalaram o país nos últimos anos e têm dezenas de políticos para a justiça.

Na mira dos tribunais é quase toda a liderança do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PSDB), que lidera o próprio Temer e no que há setores que também propõem deixar o governante sozinho, para tentar se fortalecer diante do eleitorado.

Medo, que este ano ele se livrou de duas queixas de corrupção Graças à sua poderosa base parlamentar, que impediu seu impeachment, ele terá que enfrentar um xadrez político complexo para preservar o apoio das câmeras e encontrar políticos para o gabinete dele livre de suspeitas e, além disso, não aspira a qualquer cargo eletivo em 2018. De acordo com analistas políticos e econômicos, tudo aponta para Temer perder força no Parlamento, o que impedirá a aprovação de uma reforma que vise endurecer o acesso à aposentadoria para reduzir o déficit crônico do sistema de segurança social.

Essa reforma, encorajada pela empreendedorismo e mercados, que consideram vital consolidar a recuperação econômica do país após dois anos de profunda recessão, é ao mesmo tempo resistido por sindicatos e rejeitado por cerca de 70% do eleitorado.

Na semana passada, quando ele começou a crescer a especulação sobre uma possível debandada na coalizão de governo antes das eleições, Temer admitiu que ele começa a se sentir "sozinho" na defesa dessa reforma.

"Só será impossível", mas "vou insistir, eu me comprometer", uma vez que partidos e sociedade "precisam entender isso, A reforma não é aprovada, o derrotado será o país ", disse ele.